quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Futuro - obrigatório

Futuro - obrigatório

Não vejo futuro para estudantes de jornalismo recém ingressados no curso. Não por eles próprios, mas pela condição em que serão direcionados nas faculdades. Infelizmente, este caso não é isolado e específicamente da área de comunicação. Está tudo falindo, indo pro brejo.

Ninguém de fato se importa com eles. Nenhum barão do ensino universitário está muito preocupado com isso. Talvez nunca estiveram. O que realmente interessa é o pagamento no início do mês, o boleto em dia, a grana nos cofres das faculdades.

Pouco, muito pouco é oferecido em contrapartida aos pesados reais dispensados ao financiamento do diploma. Sim, financiamento. É desesperador saber que pessoas completamente alheias ao assunto em que se encontram há quatro anos estarão formadas ao lado daqueles que deram o sague e apostaram tudo na própria formação.

Triste o descaso, o desrespeito, a indiferença com que tratam o aluno. Toda euforia do início do curso escorre pelo ralo. Não dá pra enxergar qualquer perspectiva futura nas formações que seguirão após nós,.quiçá em nós mesmos.

Lamentável chegar ao quarto ano e perceber que você é meramente um número, mais um entre muitos. O fato é que o futuro se faz imediatamente e individualmente.

Olho adiante e observo o retrovisor. Os dois são igualmente desanimadores.

Diego Polachini

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Divagando no amor

Divagando no amor

Eu amo o que faço. Amo jornalismo. Amo política. Amo. Amo aprender, conhecer, discutir, perguntar, afirmar, esquivar. Amo você. Amo ele. Amo ela. Claro, amo ela. Mais do que ele. Lembro-me de uma série que existia há algum tempo chamada 'Amar é'. Você, com mais de vinte e poucos anos, deve se recordar também. A frase era completada por algo que, para muitos, era simbolismo de amor. Ou de amar. Há também aquele velho e famigerado poema de Camões. Sim, Luís Vaz de Camões. "O amor é fogo que arde sem se ver, dor que dói e não se sente, um contantamento descontente". Assim definiu o escritor o que ele chama de amor. Outros acreditam que o amor não existe. Que é tudo coisa da nossa cabeça. Para muitos não há vida sem amor. Há sim. É exagero pensar o oposto. E vice-versa. Para um filósofo botequeiro moderno, o amor é algo simples, resumindo Camões: "O amor é uma dor". Sim, pode até ser. Eu amo, mas não sinto essa tal dor. Sim, eu a sinto quando falta amor. Ou quando ele se vai por um tempo, ou quando dá lugar ao seu similar, que é o ódio. Este pode até durar um tanto, mas aquele restabelece seu lugar e volta para onde nunca deveria ter saído. Até quem prefere ficar sozinho ama a solidão. Quem furta ama subtrair. Quem trai ama a outra. Exemplos inadequados para explicar o inexplicável, o inintendível, o inaudível, neologismos. Em resumo, o amor é você que decide.