quarta-feira, 24 de agosto de 2011

13 exemplos da corrupção nossa de cada dia



A corrupção é generalizada
Por Diego Polachini

Os tempos parecem ser outros quando o assunto é corrupção. A impressão é de que a população mundial – vejamos os exemplos nos países árabes – acordou de uma anestesia generalizada que dominou os sentidos e as percepções. Temos visto diariamente nos jornais diversas manifestações populares principalmente contra políticos corruptos, que são muitos, mas não são todos.

Virou moda protestar. Às vezes sem sequer saber o motivo. Repito: às vezes. É preciso ter cautela na forma de se manifestar para não correr o risco de cair em descrédito ou no ridículo. Mas não são somente nossos políticos os corruptos da história. Também são muitos os corruptores. Isso se dá principalmente em nossa vida cotidiana, nas ações mais simples que muitas vezes passam despercebidas. Vou dar exemplos de corrupção:

1 – No trânsito, quando você é pego em ato infracional, pede ao policial para “quebrar” a sua, ou oferece um “agrado” a ele. Isso é corrupção.

2 – O policial pega seu dinheiro ou “quebra” a sua, mesmo flagrando seu ato infracional. Isso é corrupção.

3 – Você tem uma empresa e sonega impostos. Isso é corrupção.

4 – Na sua empresa, esta que você sonega impostos, tem vários empregados sem registro em carteira ou trabalhando em condições precárias. Isso é corrupção.

5 – Você tem “gato” na energia elétrica, na água ou na TV a Cabo. Isso é corrupção.

6 – Você tem um “conhecido” dentro de um setor público que passa seu caso na frente de toda a fila. Isso é corrupção.

7 – O estudante vai mal na prova e pede para o professor “considerar” na hora de dar a nota. Ou ainda, você cola do seu vizinho para não tirar um zero. Isso é corrupção.

8 – Seu advogado influente consegue fazê-lo ganhar uma ação que perderia porque pagou um juiz. Isso é corrupção.

9 – Você desrespeita as leis de trânsito. Isso é corrupção.

10 – A moça do caixa lhe devolve troco a mais e você não devolve, achando que “saiu no lucro”. Isso é corrupção.

11 – Você gosta de comprar CDs, DVDs e equipamentos pirateados. Isso é corrupção.

12 – Você recorre aos famosos “recibos” de médicos amigos para justificar gastos com saúde junto ao Imposto de Renda. Isso é corrupção.

13 – E se esse médico atuar sem diploma, pior ainda. Isso é corrupção.

Poderíamos ficar o resto da tarde apontando todos os exemplos de corrupção que acontecem todos os dias em nosso meio, mas que por estarmos cegos no desejo de atender nossos instintos mais primitivos acabamos passando por cima.

Juntando tudo vemos que estamos unindo nossas forças, como povo, para a degradação da sociedade. Mas a ignorância de cometer estas pequenas infrações todos os dias cega os olhos de quem as faz, pois todos querem vantagem em todos os instantes.

Os políticos corruptos são apenas o reflexo dessa sociedade medíocre e despreparada para lidar com o que é do coletivo. Antes de apontar o dedo para um ato infracional de alguém, observe seu dia a dia e veja se você também não está sendo corrupto. Ou corruptor.

PS: vale lembrar que também existem jornalistas corruptos!

Ezri mein Jashem!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Uma obra de arte para 2012



O logotipo acima, produzido pelo meu primo Igor Polachini, para mim um gênio das artes gráficas e da criação, traduz todo o pensamento republicano que trago comigo. As cores do Brasil, o verde da natureza, o sol da esperança, o azul das águas, a ordem e o progresso e o cruzeiro do sul que nos direciona. Tudo isso dentro do D e do P, de Diego Polachini. Ou seja, dentro de mim.

Espero que gostem. Eu adorei.


Abraços!

Shalom le hitraot

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Primeiro ato público de campanha de Dilma foi em Engenheiro Schmitt



Orgulho de ser schmittense

por Diego Polachini

Um orgulho para Engenheiro Schmitt foi ter recebido a presidente Dilma Rousseff em seu primeiro ato público como candidata, dia 7 de julho do ano passado, um dia depois do início da corrida eleitoral. Ela esteve reunida com empresários, políticos e militantes da região no Buffet Manoel Carlos, na entrada do distrito, onde discutiu seus planos e metas de trabalho.

Naquela ocasião, o autor deste blog e editor do Informativo Viva-Voz esteve presente para registrar a visita. Agora, depois de eleita, Dilma retorna a Rio Preto para entregar 2491 casas construídas no Parque Nova Esperança através do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’. O evento acontece amanhã, dia 19, a partir das 11h, na região norte de Rio Preto.

É a primeira visita presidencial ao município em 30 anos. Isso demonstra que Rio Preto tornou-se cidade importante no cenário político-eleitoral, além de ser capital comercial regional composta por mais de 150 municípios.

Protestos

Manifestantes que estiveram na Câmara de Rio Preto nos últimos dias, ocasião em que protestaram contra projetos de criação de cargos para a Prefeitura e aumento de salários a vereadores, prometem estender os protestos amanhã, durante a visita da presidente Dilma. Os principais alvos são o prefeito Valdomiro Lopes e o presidente da Câmara, Oscarzinho Pimentel.

Via Twitter e Facebook, estudantes e populares pediram a presença da equipe do CQC, principalmente após o âncora do programa da Band, Marcelo Tas, ter divulgado em seu próprio blog vídeos e comentários sobre os acontecimentos em Rio Preto. A equipe do programa não confirmou a vinda.

Gvereit Salim

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Lei de Valdomiro cria “assessor distrital” em Schmitt



Gelson Júnior espera voltar à cadeira

Por Diego Polachini

Aprovada ontem pela Câmara de Rio Preto, proposta do prefeito Valdomiro Lopes (PSB) que recria 230 cargos em comissão na estrutura administrativa da cidade contempla os distritos de Engenheiro Schmitt e Talhado com os “assessores distritais”.

Antes da decisão do Tribunal de Justiça de suspender os efeitos da lei dos comissionados, publicada há mais de dois meses, a função ‘subprefeito’ era meramente simbólica, tendo em vista que o cargo ocupado até então por Gelson Rasteli Júnior era “diretor de serviços”.

Mesmo com costume de chamar o responsável pelo setor de subprefeito, o correto a partir de agora é denominá-lo “assessor distrital”, conforme o Artigo 37 da Lei 11.922/2011. De acordo com o texto, além de “planejar, coordenar e promover a execução de políticas da instância central” (no caso a prefeitura), cabe ao assessor do distrito “induzir o desenvolvimento local a partir de vocações regionais e dos interesses manifestos pela população”.

Apesar de prever “qualificação e preparo da pessoa”, o texto é muito genérico e cria a possibilidade de qualquer cidadão, graduado ou não, assumir o comando do distrito. Esta, aliás, é uma das principais reclamações da sociedade na ocasião da aprovação dos 230 cargos do prefeito, muito questionada por mais de mil manifestantes na sessão de ontem. A população considera necessário o mínimo de preparo para assumirem funções comissionadas.

O prefeito tem 15 dias para sancionar a Lei. A partir daí, ele poderá recontratar os servidores. Gelson Júnior espera retornar ao cargo em Schmitt. Ele assumiu o comando da subprefeitura no início de janeiro de 2009, que hoje está administrada interinamente por um funcionário de carreira do município.

Veja na íntegra o artigo que determina a criação do cargo de “Assessor Distrital”.

Art. 37 - Ao cargo de provimento em comissão de Assessor Distrital – CA.102.3 compete planejar, coordenar e promover a execução das políticas, diretrizes e programas fixados pela instância central da administração para respectivas localidades, bem como a indução do desenvolvimento local a partir das vocações regionais e dos interesses manifestos pela população.

Parágrafo Único - São requisitos para provimento do cargo de Assessor Distrital – CA.102.3 estar qualificado e possuir preparo pessoal e conhecimentos para desempenhar sua função, conforme exigências das atividades inerentes ao cargo que vão desde o atendimento de munícipes à fiscalização das obras e atividades desenvolvidas na área abrangida pela respectiva subprefeitura.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Manifestações muito além de carroças vazias



Muito além de carroças vazias

Por Diego Polachini

“Certa manhã o meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque. Deteve-se subitamente numa clareira e perguntou-me: - Além dos pássaros, ouves mais alguma coisa? Apurei os ouvidos e respondi: Estou a ouvir o barulho de uma carroça. - Isso mesmo, disse o meu pai, de uma carroça vazia. Perguntei-lhe: - Como sabe que está vazia, se ainda a não vimos? - Ora, é fácil! Quanto mais vazia está a carroça, maior é o barulho que faz.

Esta passagem deve servir de exemplo para muitos dos nossos jovens que hoje se manifestam na Câmara de São José do Rio Preto contra os projetos que prevêem criação de cargos em comissão na prefeitura, aumento de salários e seis novas cadeiras para vereadores.

Impelidos pelos acontecimentos dos últimos dias e pela força das redes sociais na internet, muitos estudantes resolveram sair às ruas e protestar. Movimento democrático, justo e fundamental para o exercício da cidadania.

Plantados à porta da Câmara neste dia 16 de agosto, eles aguardam o horário da sessão ordinária em que os vereadores votarão um dos projetos. Demonstram perspicácia, coragem e vontade de fazer a diferença. Mas uma coisa eu temo: o barulho excessivo pode ser uma carroça vazia.

Quero deixar claro que não estou minimizando a atuação dos manifestantes. Muito pelo contrário: a iniciativa é louvável, mas precisa ser consistente.

Para protestar é preciso saber daquilo que se reclama, senão vira oba-oba midiático. É fundamental conhecer a nuance dos projetos, ouvir o prefeito, os vereadores, conhecer todos os detalhes da proposta. De bate-pronto, é óbvio que a aprovação dessas medidas vai impactar nos cofres públicos. Mas isso por si só não basta para transformar os rumos da nossa política.

Precisamos de mais. Mais participação, mais debates, mais idéias. De forma organizada, civilizada, com fundamentação e conteúdo.

Já disse em outras oportunidades no meu Twitter e no meu Facebook que sou CONTRA o aumento dos salários dos vereadores (no caso, quase o dobro do atual), porém DEFENDO o aumento de cadeiras na Câmara. Isso significa mais representatividade e menos “controle” do prefeito sobre o Legislativo, para resumir.

Sou CONTRA a criação de 230 cargos em comissão na estrutura administrativa da prefeitura, mas também não dá pra ficar sem ninguém. Um menor número talvez fosse suficiente para atender as demandas, já que o governante, independente de quem seja, precisa ter pessoas de sua confiança para ajudá-lo a administrar.

Sou CONTRA também a não necessidade de mão de obra especializada em determinadas áreas, às quais seriam fundamentais para o bom desempenho das funções. O projeto enviado pelo prefeito Valdomiro Lopes não contempla isso, infelizmente.

No entanto, entre mortos e feridos, minha recomendação é que os estudantes passem a militar na política partidária de nossa cidade além deste evento em especial. Que os jovens e as pessoas de bem se interessem mais pelo que tem acontecido no município, e assim possam participar das decisões futuras.

Vamos recuperar o tempo perdido. Vamos encher nossas carroças a partir de agora.

Diego Polachini