segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Projeto de Governo X Projeto de Poder



Os dominadores querem seu voto

Por Diego Polachini

Numa república, o trabalho dos governantes deveria estar focado nos interesses públicos, naquilo que diz respeito ao bem coletivo. Nem sempre isso acontece. Aliás, quase nunca é assim. Se pararmos para pensar um pouco veremos muitos partidos preocupados unicamente com seus projetos de poder, de domínio. Aquilo que deveria ser o primordial, a saber, o projeto de governo, tem sido deixado a uma posição secundária. O grande equívoco.

É fácil identificar quem tem compromisso com as pessoas, com o eleitor, e quem está a serviço de um grande esquema de dominação. Vamos ao exemplo básico. O cidadão luta com todas as forças para se eleger vereador da sua cidade. Dois anos depois, antes de terminar o mandato para o qual foi eleito, empenha-se para eleger-se deputado estadual ou federal. Em sendo eleito, ele decide concorrer a prefeito daquela cidade em que abandonou a vereança.

Vejam que interessante: não concluiu o mandato de vereador, não concluiu o mandato de deputado (estadual ou federal) e agora quer seu voto para tornar-se prefeito. O que explica isso? Insatisfação pessoal ou desejo de poder dele próprio e do seu grupo partidário? A mesquinharia política produz esse tipo de atitude pouco preocupada com a conclusão de propostas de trabalho para dar lugar aos interesses obscuros da dominação.

Quem perde? Nós todos. Os discursos previamente preparados para atender demandas mercadológicas não se concretizam no momento da ação governamental. Para constatar essa afirmação, basta ver quantas das promessas realizadas em campanha pelos atuais prefeitos foram devidamente cumpridas. Talvez nem a metade.

Este ano, antes de depositar seu voto na urna, observe bem o histórico político do seu candidato. Evite os dominadores de plantão. Aposte em propostas de governo realmente preocupadas com o bom andamento da nossa sociedade. Não escolha o mais bonitinho, o bom discurso ou o bom moço apenas para o que eles aparentam ser. Ao contrário daquela máxima da mulher de César, é preciso ser antes de parecer ser.

Yigdal Elohim Chai

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Celso Russomanno: vítima do PIG



O PIG está na ativa!

por Diego Polachini

A política e a mídia atuam de maneira intrínseca e relacionam-se entre si. Ao jornalismo cabe a vigilância e cobertura dos fatos, da sociedade, e os políticos não podem ignorar essa condição por serem, ao mesmo tempo, frutos e fontes desse meio. Daí tem-se por premissa que jornais e jornalistas são mediadores legitimados que proporcionam diálogo com o cidadão. Mas nem sempre isso acontece. Aliás, quase sempre isso NÃO acontece.

Podemos conceituar que o jornalismo trabalha na formação da opinião pública, seja por meio da manipulação ou simples midiatização. Ao perceberem isso, partidos e políticos acabam por submeter-se à essa lógica, provocando profundas transformações no seu modo de atuar. Isso fica claro ao observarmos a preocupação de candidatos e mandatários pelo marketing, que tentam adequar sua postura ao que a mídia estabelece.

Isso acontece exatamente porque a grande imprensa deixou de lado seu papel fundamental de informar e tem atuado de forma escandalosamente tendenciosa e parcial. Pode-se argumentar que ela vem trabalhando como se fosse um partido político representando uma classe social - o jornalista Paulo Henrique Amorim cunhou a expressão PIG, que significa Partido da Imprensa Golpista. O mais interessante é ver que boa parte da mídia age descaradamente numa direção, mas afirma convincentemente que está indo contrário a isso.

Como exemplo, podemos citar o que vem acontecendo com o pré-candidato do PRB a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno. Na revista Veja dessa semana (edição 2251), a reportagem publicou uma nota afirmando que o presidente estadual da sigla, deputado Gilmaci Santos, declarou que a candidatura do republicano "não é pra valer" e que "ela será retirada". O PRB já tratou de emitir nota oficial desmentindo a revista.

No final de dezembro de 2011, o Grupo Bandeirantes e o Ibope divulgaram pesquisa para avaliar o cenário eleitoral na capital paulista. O detalhe foi o 'esquecimento' do nome de Russomanno entre os 10 elencados pelo instituto, o que causou "profunda estranheza" ao PRB e seus dirigentes.

Essa "estranheza" ocorreu exatamente porque no dia 11 de dezembro o Instituto Datafolha divulgou pesquisa mostrando que o pré-candidato do PRB lidera quatro de cinco cenários na corrida eleitoral em São Paulo, sempre com 20% das intenções de votos. Apesar disso, no dia anterior à divulgação da pesquisa a Folha de São Paulo publicou reportagem tendenciosa tentando desconstruir a imagem de Russomanno de maneira muito sutil.

O que fica evidente é que há uma forte ação subterrânea preocupada em desestabilizar a pré-candidatura de Celso Russomanno, o nome mais forte entre todos os postulantes ao cargo de prefeito da maior cidade do Brasil. E o mais agravante é que essa possível conspiração tem participação direta desses e outros órgãos de imprensa que normalmente se denominam "imparciais". É uma guerra cotidiana que prejudica unicamente a parte mais interessada: a população.

Por isso, cidadão de bem, cuidado com o que tem lido e assistido. Você pode estar sendo manipulado por essa mídia parcial e tendenciosa que atua sob o comando sabe-se lá de quem.

Yigdal Elohim Chai